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Perturbação de Stress Pós-Traumático

  • Writer: Michael Oliveira
    Michael Oliveira
  • Jun 26, 2024
  • 2 min read

Updated: Jun 28, 2024

É uma perturbação ansiosa provocada pela exposição do próprio ou outra pessoa a ameaça de morte, morte real, ferimento grave ou violência sexual. A Europa apresenta uma prevalência inferior à verificada noutros continentes, cerca de 0,5 a 1,0%. Existe uma maior prevalência em pessoas que desempenham atividades profissionais com elevada probabilidade de exposição a acontecimentos traumáticos, nomeadamente, militares, bombeiros, emergência médica.


Critérios de diagnósticos


  • Exposição direta a acontecimento traumático;

  • Testemunhar presencialmente, acontecimento que ocorreu a outra pessoa;

  • Tomar conhecimento de um acontecimento traumático a que um familiar/amigo esteve sujeito;

  • Ameaça de morte ou morte real de familiar ou amigo devido a acidente ou com marcada violência;

  • Exposição repetida a pormenores aversivos dos acontecimentos traumáticos;

  • Lembrança do acontecimento traumático de forma intrusiva, involuntária e recorrente;

  • Sonhos perturbadores recorrentes relacionados com o evento;

  • Reação dissociativa em que a pessoa sente como se o acontecimento estivesse a ocorrer novamente;

  • Estímulos semelhantes ou relacionados com o acontecimento provocam elevada ativação;

  • Evitamento de estímulos associados ao acontecimento traumático;

  • Hipervigilância e resposta de sobressalto exagerada.


Sintomas


  • Memórias intrusivas;

  • Ansiedade;

  • Irritabilidade;

  • Agitação;

  • Hipervigilância;

  • Humor depressivo;

  • Evitamento social;

  • Alterações de humor;

  • Dificuldades de concentração;

  • Dificuldade em adormecer e a manter-se a dormir;

  • Fadiga;

  • Alterações no padrão alimentar.


Impacto


Esta perturbação apresenta elevado impacto na qualidade de vida das pessoas que a apresentam, já que existe sintomatologia continuamente presente que conduz a uma redução na capacidade e no desempenho laboral, potenciando o estigma social. Verificasse ainda uma marcada dificuldade em estabelecer contactos íntimos e uma redução significativa do prazer.


Mais frequente


  • Sobreviventes de acidentes rodoviários;

  • Vítimas de abuso físico, verbal ou sexual;

  • Crianças vítimas de abusos;

  • Sobrevivente de catástrofes naturais;

  • Sobreviventes de atos terroristas;

  • Militares;

  • Paramédicos;

  • Bombeiros;

  • Polícias.



Terapia Cognitivo-Comportamental


Surge na década de 60 através dos trabalhos do psiquiatra Aaron Beck, que compreendeu que certas dificuldades emocionais surgiam devido a determinados tipos de pensamentos. Atualmente, e simplificando, a TCC clássica considera que os pensamentos têm impacto nos comportamentos e nas emoções.


Conduz a estado emocional negativo e comportamentos

consonantes com esses pensamentos.

Interpretação negativa da situação Pensamento negativo


Como tal, nas sessões de psicoterapia baseadas neste modelo, por um lado, são trabalhadas as cognições - examinar o que pensamos; por outro, os comportamentos - o que fazemos.


Eficácia


TCC é uma das formas de psicoterapia com maior evidência empírica, tendo sido demonstrado ser eficaz no tratamento de várias perturbações mentais, nomeadamente, perturbações emocionais (e.g., ansiedade, depressão), perturbação do comportamento alimentar, insónia, POC, perturbação de pânico, PPST e abuso de substâncias.



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